Catarina Costa, natural de Coimbra e atualmente residente e ativa na cidade, é uma graduada em Psicologia Clínica. Ela tem uma série de publicações de poesia, incluindo “Marcas de urze” (Cosmorama, 2008), “Dos espaços confinados” (Deriva, 2013), “Síndrome de Estocolmo” (Textura, 2014), “Chiaroscuro” (Douda Correria, 2016), “A ração da noite” (Companhia das Ilhas, 2016), “Analema” (Douda Correria, 2017), “Essas alegrias violentas” (Companhia das Ilhas, 2019) e “O vale da estranheza” (Companhia das Ilhas, 2021).
Sobre sua obra:
A narrativa explora a vida feminina em um contexto totalitário, permeada por uma melancolia sutil e quase reconfortante, repleta de pausas, distância, sussurros… e mistério.
A localização da Periferia é um enigma, assim como sua fronteira. É lá que os Pacientes, descendentes das cobaias de uma Experiência, estão sendo enviados. Dizem que o ar na Periferia é mais puro, e os Pacientes, mais frágeis, necessitam de cuidados especiais. Contudo, nem todos aceitam partir.
Uma Paciente permanece clandestina na cidade, recebendo auxílio de uma outra residente. Ela vagueia diariamente pelas ruas, tentando se camuflar na multidão e evitando chamar a atenção com qualquer gesto que a entregue.
Entretanto, os eventos acabam forçando-a a abandonar seu esconderijo na cidade central. Sua fuga a leva em direção aos subúrbios e áreas mais afastadas, onde encontrará novas formas de sobrevivência.